O C/RI inaugural de uma prova por etapas, inicia-se normalmente como uma espécie de aposta da cada equipe, em relação à ordem de partida de cada ciclista, em especial, os melhores na especialidade de cada uma delas.
São duas as condicionantes principais, que levam a uma criteriosa escolha dos directores esportivos, o vento e a possibilidade de mudança de tempo , ou seja de piso seco para um piso molhado.
A ordem de partida, porém, é estabelecida, normalmente no dia anterior à realização da prova, na reunião de diretores esportivos, daí que é importante saber, de véspera como vai estar o tempo, ou como é o comportamento do vento, se aumenta com o passar do tempo, ou vice-versa.
Pois, no dia inaugural do C/RI algumas equipas foram conservadoras, reservando os números 1, para o final, como o caso de Bradley Wiggins, por exemplo. Aqui, também, as equipas costumam apontar com o primeiro número da série atribuída, ao seu chefe de fila, ou o ciclista que melhor momento atravessa. É uma espécie de reconhecimento, para o trabalho desenvolvido pelos ciclistas para determinada prova.
E Wiggins foi prejudicado pela chuva. Já Menchov, líder incontestado da sua equipa foi dos primeiros a partir, como que receando o que viria a acontecer mas, apesar de tudo não obteve um tempo famoso.
Mas foi Thomas de Gent que conservou o melhor tempo durante um grande período da prova, pelo menos até entrar em liça o ciclista mais alto do pelotão, Gustav Larsson, medalha de prata de Pequim, que o conservou até final, não obstante grandes nomes da especialidade desejarem ter feito muito melhor, como o caso mais estranho de Tony Martin.
Mas terá sido assim tão importante, estas diferenças de tempo, numa prova que se declara amorosa dos montanhas, do aumento constantes das dificuldades e que, este ano, se deu ao luxo de terminar com uma difícil cronoescalada ?
Tal como o disse Stephane Heulot, director da Europcar :
«Paris-Nice pode-se perder todos os dias, que se ganhará no Col d’ Eze “.- resumo simples, prático, apesar de alguns candidatos ao triunfo final já estarem demasiadamente afastados do primeiro lugar, como o caso de Valverde , 30 segundos ou mesmo de Tony Martin que, com 24 segundos de atraso não terá grandes espaços de manobra para os recuperar.
Enfim, uma série de homens estão nos lugares de honra , mas o que tem mais hipóteses é , de facto Lipheimer, o americano a atravessar bom momento só tem de aguentar as etapas e esperar pelo C/RI final, onde terá de afrontar Silvayn Chavanel, curiosamente seu colega de equipa. Será que a “ coisa” funcionará lá para os lados dos comandados de Patrick Lefevere ?
Andy Schleck nada convincente
Se Levi Leipheimer se quedou a 4 escassos segundos de Larsson, por seu turno, um dos grandes nomes do pelotão , Andy Schleck, que tem como missão prioritária esta época, melhorar as suas performances no C/RI, não deu boa nota disso. O luxemburguês perdeu um minuto para o vencedor, demasiado para quem quer progredir neste variante de estrada.
Martin na 28ª posição
A chuva teve influência mas não tanta quanta a pedida para Tony Martin. O campeão do mundo esteve distante e, outros ciclistas nas mesmas circunstancias estiveram bem melhor, como o caso, por ex. de Tejay Van Garderen (Usa-BMC), a 9 segundos de Larsson, isto para não falar de Wiggins. Demasiado prudente ou , pelo contrário, em mau momento de forma ?
A chuva teve influência mas não tanta quanta a pedida para Tony Martin. O campeão do mundo esteve distante e, outros ciclistas nas mesmas circunstancias estiveram bem melhor, como o caso, por ex. de Tejay Van Garderen (Usa-BMC), a 9 segundos de Larsson, isto para não falar de Wiggins. Demasiado prudente ou , pelo contrário, em mau momento de forma ?
Gustav Larsson : « Foi boa a escolha”
“ Foi uma boa escolha ter partido no meio do C/RI, porque reparamos que depois a estrada ficou molhada, o que tornou o crono mais difícil. Não estava muito convincente que poderia rivalizar com os melhores, hoje. Era a minha segunda corrida da época, e não sabia as minhas sensações. Estou muito contente, em especial de ver como Bradley se aplicou a descer, terminando tão perto do meu tempo. É bem diferebte do que vivi nos JO, ou da minha vitória de etapa no Giro. Mas estas vitórias são bem saborosas, porque são dois em um: ganha-se a etapa e envergamos a camisola amarela. Não sei como vou estar nas montanhas, mas vão ter de suar muito para eu perder a amarela.afirmou o amarela.
Amanhã os 185 kms da 2 etapa não trarão nada de novo : será uma etapa para os sprinters.
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