sábado, 16 de julho de 2011



Tour: Tudo na mesma – Vanendert ganha 14ª etapa


Thomas Voeckler não larga a amarela, Andy não encontra espaço para ganhar segundos a Evans, e a corrida segue muito controlada, com os poucos candidatos a vigiarem-se mutuamente, deixando muitos espaços livres para os “ outsiders”, como Jelle Vanendert, que está a surpreender todo o mundo, na alta montanha, vencendo com inteligência no Alto de la Beille.

Não foi uma etapa épica, nem tão pouco muito entusiasmante. Um grupo adiantou-se antes das grandes decisões, com cerca de 20 unidades. Entres estes Rui Costa que, apesar de se queixar de uma possível tendinite, andou no grupo da frente, atacou por algumas vezes, fazendo mais uma vez atrair a atenção dos portugueses. Deste grupo, Sandy Casar (FDJ) foi o ultimo resistente, andou na frente , na parte final da corrida, sendo alcançado a cinco kms da meta.

Conforme dissemos atrás, não foi uma etapa entusiasmante. A equipa da Leopard é, sem duvidas, a mais forte do Tour. Reduziu em poucos kms a vantagem de nove minutos dos escapados. Colocou o passo na subida, entregando a corrida aos manos Schlecks já a poucos kms da meta e com um grupo muito reduzido de ciclistas, curiosamente todos sem apoio de “équipiers” das suas equipas , excepção para Voeckler, que vai contando a seu lado com Rolland.

A Garmin, não se sabe bem porquê, tentou, também, imprimir um ritmo forte pela na subida final e o resultado foi desolador para o lado os americanos. Todos os seus ciclistas desapareceram do grupo da frente.

Mas não se vislumbra quem seja capaz de atacar. Ninguém tem o poder de Contador, para separar o trigo do jóio.

Os ataques dos irmãos Schlecks são de cem metros, controlados ou Contador ou por Evans, ou surpreendentemente pelo camisola amarela.

Franck já não tem o poder de dias atrás, e agora é Andy que tem de fazer pela vida, ganhar segundos num terreno que lhe é favorável.

A prova segue a contento dos outsiders. Ciclistas sem grande envolvimento pelos primeiros lugares, que aproveitam a marcação cerrada dos favoritos para fugirem, como o fez mais uma vez Jelle Vandenert, deste feita coroada com o triunfo, contentando-se Sanchez com o segundo lugar. A chegada de Luz Luz Ardiden teve os mesmos protagonistas de hoje, com a ordem de chegada invertida.

Bom, mesmo muito bom tem sido o empenhamento de Voeckler. Não se limita a ir na roda, vai à luta, e por vezes até ataca, tal como faz Basso, um autêntico motor a diesel, que poderá aproveitar a vigilância dos seus principais opositores para assegurar um lugar no pódio.

Portanto, tudo na mesma, com Contador a mostrar mais confiança e a melhorar a olhos vistos. Com outra pedalada, é natural que, daqui para a frente, o desgaste dos seus adversários seja uma vantagem para o espanhol, cuja capacidade de recuperação é bem superior aos seus rivais.

Classificação da etapa:
1. VANENDERT Jelle OMEGA PHARMA – LOTTO 5h 13′ 25″
2. SANCHEZ Samuel EUSKALTEL – EUSKADI + 00′ 21″
3. SCHLECK Andy TEAM LEOPARD-TREK + 00′ 46″
4. EVANS Cadel BMC RACING TEAM + 00′ 48″
5. URAN Rigoberto SKY PROCYCLING + 00′ 48″
6. CONTADOR Alberto SAXO BANK SUNGARD + 00′ 48″
7. VOECKLER Thomas TEAM EUROPCAR + 00′ 48″
8. SCHLECK Frank TEAM LEOPARD-TREK + 00′ 48″
9. PERAUD Jean-Christophe AG2R LA MONDIALE + 00′ 48″
10. ROLLAND Pierre TEAM EUROPCAR + 00′ 48″

Geral:
1. VOECKLER Thomas TEAM EUROPCAR
2. SCHLECK Frank TEAM LEOPARD-TREK + 01′ 49″
3. EVANS Cadel BMC RACING TEAM + 02′ 06″
4. SCHLECK Andy TEAM LEOPARD-TREK + 02′ 15″
5. BASSO Ivan LIQUIGAS-CANNONDALE + 03′ 16″
6. SANCHEZ Samuel EUSKALTEL – EUSKADI + 03′ 44″
7. CONTADOR Alberto SAXO BANK SUNGARD + 04′ 00″
8. CUNEGO Damiano LAMPRE – ISD + 04′ 01″
9. DANIELSON Tom TEAM GARMIN – CERVELO + 05′ 46″
10. DE WEERT Kevin QUICK STEP CYCLING TEAM + 06′ 18″

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