Dizem que tenho talento e está na altura de o demonstrar “ – foi a reacção de Edvald Boasson Hagen, vencedor da tirada de hoje do Tour, num sprint categórico, à frente dos especialistas, ele que é um “poliglota” , razoável trepador, discute primeiros lugares nas clássicas, e ganha em sprints maciços.
Para além de ter sido o primeiro triunfo na “Grand Boucle” foi , por acréscimo o primeiro da sua equipa, em dois anos de existência e de participação no Tour, o que veio valorizar de sobremodo a formação inglesa .
Mas não se pense que esta etapa, a mais longa, foi fácil. Haverá etapas fáceis no Tour ? Esta a grande questão, que se coloca. Um ciclismo sem fugas é como um doce sem açúcar. Torna-se sem gosto, demasiado enxabido e pouco entusiasmante.
A mercantilização do ciclismo não perdoa sentimentalismos. Os triunfos valem milhões de euros, rentabilizados em páginas de jornais de todo o mundo, e as transmissões televisivas são apelativas comercialmente.
As equipas contabilizam as páginas de jornais e os minutos em que os seus ciclistas aparecem no pequeno ecrã e, por força disso, nas etaps planas as fugas estão todas condenadas ao malogro. Diremos que há duas corridas neste Tour. Uma com dez dias de duração, a dos sprinters, e outra com os restantes, destinada aos homens fortes do Tour.
Na tirada de hoje Boasson Hagen não deu hipóteses, a Mark Rheensaw nem a Husvhod, já com Cavendish para trás. Foi um triunfo de afirmação plena, de um ciclista oriundo de um país, a Noruega, onde os ciclistas e o ciclismo não abunda.
Ao longo dos 226 kms cinco homens fugiram ((Roux, Westra, Hoogerland, Duque e Malori), ganharam cerca de dez minutos, que depressa perderam, só Mallori ainda tentou mais uns kms, para o homem do costume Voeckler tentar a sua sorte a 3 kms da meta. Sem sorte, porque não teve colaboração ( já o conhecem por ganhar muito á custa de outros), mas apareceu na televisão, o que é bom para a Europcar.
Ao longo dos 226 kms cinco homens fugiram ((Roux, Westra, Hoogerland, Duque e Malori), ganharam cerca de dez minutos, que depressa perderam, só Mallori ainda tentou mais uns kms, para o homem do costume Voeckler tentar a sua sorte a 3 kms da meta. Sem sorte, porque não teve colaboração ( já o conhecem por ganhar muito á custa de outros), mas apareceu na televisão, o que é bom para a Europcar.
Os azares há sempre neste Tour. Desta vez e mais uma para os lados da Radioshack, foi Leipheimer a ser vitima de uma queda e a perder 1.05 para os primeiros 60 classificados, tantos quantos faziam parte do pelotão principal, onde vinham todos os favoritos.
Cá atrás, junto ao carro vassoura um ciclista fazia das tripas coração para chegar dentro do controlo. Kiryenka o bielorrusso da Movistar. 27.55 foi demasiado tempo de atraso, regressando a casa mais cedo.
É o Tour com as suas grandezas e as suas fraquezas. Nesta prova não se pode ter um dia mau. Quando se é bom, perde-se o Tour, quando se é mais ou menos arrisca-se a eliminação.
PS – esta é a segunda crónica que escrevemos sobre esta etapa. A primeira por erro nosso ou do servidor não chegou a ser publicada. Pedimos desculpa do seu envio tardio.
Etapa 6:
1. HAGEN Edvald Boasson SKY PROCYCLING 5h 13′ 37″
2. GOSS Matthew Harley HTC – HIGHROAD + 00′ 00″
3. HUSHOVD Thor TEAM GARMIN – CERVELO + 00′ 00″
4. FEILLU Romain VACANSOLEIL-DCM + 00′ 00″
5. ROJAS Jose Joaquin MOVISTAR TEAM + 00′ 00″
6. VICHOT Arthur FDJ + 00′ 00″
7. GILBERT Philippe OMEGA PHARMA – LOTTO + 00′ 00″
8. CIOLEK Gerald QUICK STEP CYCLING TEAM + 00′ 00″
9. MARCATO Marco VACANSOLEIL-DCM + 00′ 00″
10. JEANNESSON Arnold FDJ + 00′ 00″
1. HUSHOVD Thor TEAM GARMIN – CERVELO 22h 50′ 34″
2. EVANS Cadel BMC RACING TEAM + 00′ 01″
3. SCHLECK Frank TEAM LEOPARD-TREK + 00′ 04″
4. MILLAR David TEAM GARMIN – CERVELO + 00′ 08″
5. KLÖDEN Andréas TEAM RADIOSHACK + 00′ 10″
6. WIGGINS Bradley SKY PROCYCLING + 00′ 10″
7. THOMAS Geraint SKY PROCYCLING + 00′ 12″
8. HAGEN Edvald Boasson SKY PROCYCLING + 00′ 12″
9. FUGLSANG Jakob TEAM LEOPARD-TREK + 00′ 12″
10. SCHLECK Andy TEAM LEOPARD-TREK + 00′ 12″
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