Dois carros de equipe estão autorizados a fazer parte do comboio. A ordem do primeiro “conjunto” de carros depende da classificação geral do melhor ciclista da equipe. Por exemplo, a EUROCOPTER terá a primeira posição no comboio, já que Thomas Voeckler lidera a corrida. A Leopard-Trek vai ficar logo atrás, depois a BMC e assim por diante. A posição é definida um dia antes e informada pela direção de prova às equipes.
No primeiro carro está o diretor esportivo (Directeur Sportif) na frente (normalmente dirigindo) e o mecânico atrás. Rodas, peças, bidóns e alimentos são transportados nesse carro.
A segunda linha de carros viaja atrás da primeira linha, seguindo a mesma orden. Esses carros transportam o pessoal de equipe (outro diretor esportivo, imprensa, proprietário da equipe, mecânico e às vezes algum VIP). Esse carro tende a ter trabalho quando a corrida atinge as montanhas, quando o pelotão se divide de forma significativa.
No Tour, a maioria das equipes tem quatro carros, sendo que os dois excedentes são usados para levar materiais diretamente ao final da etapa e alimentos para a zona neutra.
Quebras
Se houver alguma quebra no pelotão que exceda dois minutos, o carro da equipe do(s) ciclista(s) fujão(ões) é autorizado a passar o pelotão principal e ficar atrás do grupetto. Na maioria das vezes o carro número 2 é quem faz essa função, a menos que o ciclista em questão seja um dos principais do time, decisão que varia de equipe para equipe.
Se esse grupo de fugitivos ficar abaixo da marca de 60 segundos os carros são enviados de volta pelo comissário para a sua posição original. Porém há exceções, sempre a critério do comissário.
Assistência
Sempre vemos os ciclistas voltando (ou se atrasando) até os carros. Eventualmente param para atender o chamado da natureza (quebrando a regra do EURO STYLE número 48), conversam com o diretor esportivo, fazem pequenos ajustes, etc. Se o carro precisar parar e sair da sua posição no comboio para dar uma assistência (furo, queda, problema mecânico), após o evento ele voltará para a sua posição original, sempre com muita buzina, passando por cima da grama, calçadas, bicicletas, etc.
Já o ciclista que teve que parar, é extremamente comum ver que eles “pegam carona no vácuo” dos carros das equipes, pipocando de um para outro. É proibido, mas os comissários normalmente fecham os olhos quando a prática não é descarada.
Dentro do carro da equipe há dois rádios (ou um dual-band): um para comunicação com os ciclistas (sinal aberto, que pode ser captado – leia-se interferido – pelas
seleção italiana
equipes adversárias e o rádio da direção de prova, que não pode ser captado pelos ciclistas. A direção de prova fala na língua oficial da UCI que é o francês e na segunda língua que normalmente é o inglês (exceto na Itália que é francês e italiano e na Bélgica que é flamenco e inglês).
seleção italiana
equipes adversárias e o rádio da direção de prova, que não pode ser captado pelos ciclistas. A direção de prova fala na língua oficial da UCI que é o francês e na segunda língua que normalmente é o inglês (exceto na Itália que é francês e italiano e na Bélgica que é flamenco e inglês).
Nos carros 1 e 2 sempre há televisores para acompanhar a prova. No carro 1, por razoões de segurança não é permitida a TV na parte dianteira. No carro 2, geralmente há 2 aparelhos, sendo permitido o uso na parte dianteira.
Outras ferramentas usadas nos carros são as cartas de rota, lista de corredores com numerais (os comissários sempre transmitem as informações citando os números, não nomes), perfil altimétrico e GPS. Nada que os demais mortais não possam ter.
Mesmo que a caravana esteja andando num percurso fortemente protegido ao tráfego, as leis e regulamentos locais devem ser observados. Por exemplo, o carro número 800 da TV2 francesa é penalmente responsável pelo acidente com Flecha e Hoogerland. Terça feira muitas barreiras com bafômetro e radares de velocidade foram montadas por solitação da ASO, visando identificar maus condutores, tanto no percurso da prova quanto em estradas paralelas.
No comboio de 2011 são mais de 100 automóveis ligados diretamente à prova e centenas mais, incluindo imprensa, comissários, polícia, transporte, caravana publicitária, etc. É uma proeza conseguir coordenar tanta gente sem incidentes.
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